segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Carta aberta ao presidente Lula

Boaventura de Sousa Santos

Sociólogo português

"O presidente Lula tem de fazer tudo para não perder o povo que o elegeu", escreve Boaventura de Sousa Santos

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)


12/11/2022 | Publicado no site A Terra é Redonda

Prezado amigo Presidente Lula da Silva,

Quando o visitei na prisão em 30 de agosto de 2018, vivi no pouco tempo que durou a visita um turbilhão de ideias e emoções que continuam hoje tão vivas quanto nesse dia. Pouco tempo antes tínhamos estado juntos no Fórum Social Mundial de Salvador da Bahia, conversando, na companhia de Jacques Wagner, na cobertura do hotel onde Lula estava hospedado. Falávamos então da sua possível prisão. Lula ainda tinha alguma esperança de que o sistema judicial suspendesse aquela vertigem persecutória que desabara sobre si.

Eu, talvez por ser sociólogo do direito, estava convencido de que tal não aconteceria, mas não insisti. A certa altura, tive a sensação de que estávamos a pensar e a temer o mesmo. Pouco tempo depois, prendiam-no com a mesma indiferença arrogante e compulsiva com que o tinham tratado até então. Sérgio Moro, o lacaio dos EUA (é tarde demais para sermos ingênuos), tinha cumprido a primeira parte da missão. A segunda parte seria a de o manter preso e isolado até que fosse eleito o candidato que lhe daria a tribuna a ser utilizada por ele, Sérgio Moro, para um dia chegar à presidência da República.

Quando entrei nas instalações da Polícia Federal senti um arrepio ao ler a placa onde se assinalava que o presidente Lula da Silva tinha inaugurado aquelas instalações onze anos antes como parte do seu vasto programa de valorização da Polícia Federal e da investigação criminal. Um primeiro turbilhão de interrogações me assaltou. A placa permanecia ali por esquecimento? Por crueldade? Para mostrar que o feitiço se virara contra o feiticeiro? Que um presidente de boa-fé entregara o ouro ao bandido?

Fui acompanhado por um jovem polícia federal bem parecido que no caminho se vira para mim e diz: lemos muito os seus livros. Fico frio por dentro. Estarrecido. Se os meus livros fossem lidos e a mensagem entendida, nem Lula nem eu estaríamos ali. Balbuciei algo neste sentido e a resposta não se fez esperar: “cumprimos ordens”. De repente, o teórico nazi do direito Carl Schmitt irrompeu dentro de mim. Ser soberano é ter a prerrogativa de declarar que é legal o que não é, e de impor a sua vontade burocraticamente com a normalidade da obediência funcional e a consequente trivialização do terror do Estado.

Prezado Presidente Lula, foi assim que cheguei à sua cela e certamente nem suspeitou do turbilhão que ia dentro de mim. Ao vê-lo, acalmei-me. Estava finalmente na frente da dignidade em pessoa, e senti que a humanidade ainda não tinha desistido de ser aquilo a que o comum dos mortais aspira. Era tudo totalmente normal dentro da anormalidade totalitária que o encerrara ali. As janelas, os aparelhos de ginástica, os livros, a televisão. A nossa conversa foi tão normal quanto tudo o que nos rodeava, incluindo os seus advogados e a Gleisi Hoffmann, presidenta do Partido dos Trabalhadores.

Falámos da situação da América Latina, da nova (velha) agressividade do império, do sistema judicial convertido em ersatz de golpes militares, das sondagens que o continuavam a destacar, do meu receio que a transferência de votos não fosse tão massiva quanto esperava. Era como se o imenso elefante branco naquela sala – a repugnante ilegalidade da sua prisão por motivos políticos nem sequer disfarçados – se transformasse em inefável leveza do ar para não perturbar a nossa conversa como se, em vez de estarmos ali, estivéssemos em qualquer lugar de sua escolha.

Quando a porta se fechou atrás de mim, o peso da vontade ilegal de um Estado refém de criminosos armados de manipulações jurídicas caiu de novo sobre mim. Amparei-me na revolta e na raiva e no desempenho bem-comportado que se espera de um intelectual público que à saída tem de fazer declarações à imprensa. Tudo fiz, mas o que verdadeiramente senti é que tinha deixado atrás de mim a liberdade e a dignidade do Brasil, aprisionadas para que o império e as elites ao seu serviço cumprissem os seus objetivos de garantir o acesso aos imensos recursos naturais do Brasil, a privatização da previdência e o alinhamento incondicional com a geopolítica da rivalidade com a China.

A serenidade e a dignidade com que o Lula enfrentou 582 dias de reclusão é a prova provada de que os impérios, sobretudo os decadentes, erram muitas vezes os cálculos, precisamente por só pensarem no curto prazo. A imensa solidariedade nacional e internacional, que fez de si o mais famoso preso político do mundo, mostraram que o povo brasileiro começava a acreditar que pelo menos parte do que fora destruído a curto prazo poderia ser reconstruído a médio e longo prazo. A sua prisão passou a ser o preço da credibilidade dessa convicção.

Prezado amigo Presidente Lula da Silva,

Escrevo-lhe hoje antes de tudo para o felicitar pela vitória nas eleições de 30 de outubro. É um feito extraordinário sem precedente na história da democracia. Costumo dizer que os sociólogos são bons a prever o passado, não o futuro, mas desta vez não me enganei. Nem por isso tenho maior certeza no que sinto necessidade de lhe dizer hoje. Como sei que não tem tempo para ler grandes elaborações analíticas, serei telegráfico. Tome estas considerações como expressão do que de melhor desejo para si pessoalmente e para o exercício do cargo que vai assumir.

(1) Seria um erro grave pensar-se que com a sua eleição tudo voltou ao normal no Brasil. Primeiro, o normal anterior a Jair Bolsonaro era para as populações mais vulneráveis algo muito precário ainda que o fosse menos do que é agora. Segundo, Jair Bolsonaro infligiu um dano na sociedade brasileira difícil de reparar. Produziu um retrocesso civilizatório ao ter reacendido as brasas da violência típica de uma sociedade que foi sujeita ao colonialismo europeu: a idolatria da propriedade individual e a consequente exclusão social, o racismo, o sexismo, a privatização do Estado para que o primado do direito conviva com o primado da ilegalidade, e uma religião excludente desta vez sob a forma de evangelismo neopentecostal.

A fratura colonial é reativada sob a forma da polarização amigo/inimigo, nós/eles, própria da extrema-direita. Com isto, Bolsonaro criou uma ruptura radical que torna muito difícil a mediação educativa e democrática. A recuperação levará anos.

(2) Se a nota anterior aponta para o médio prazo, a verdade é que a sua presidência vai ser por agora dominada pelo curto prazo. Jair Bolsonaro fez regressar a fome, quebrou financeiramente o Estado, desindustrializou o país, deixou morrer desnecessariamente centenas de milhares de vítimas da covid, propôs-se acabar com a Amazônia. O campo emergencial é aquele em que o Presidente se move melhor e em que estou certo mais êxito terá. Apenas duas cautelas. Vai certamente voltar às políticas que protagonizou com êxito, mas, atenção, as condições são agora muito diferentes e mais adversas.

Por outro lado, tudo tem de ser feito sem esperar a gratidão política das classes sociais beneficiadas pelas medidas emergenciais. O modo impessoal de beneficiar, que é próprio do Estado, faz com que as pessoas vejam nos benefícios o seu mérito pessoal ou o seu direito e não o mérito ou a benevolência de quem os torna possível. Para mostrar que tais medidas não resultam nem de mérito pessoal nem da benevolência de doadores, mas são antes produto de alternativas políticas só há um caminho: a educação para a cidadania.

(3) Um dos aspectos mais nefastos do retrocesso provocado por Bolsonaro é a ideologia anti-direitos capilarizada no tecido social, tendo como alvo os grupos sociais anteriormente marginalizados (pobres, negros, indígenas, Roma, LGBTQI+). Manter firme uma política de direitos sociais, económicos e culturais como garantia de dignidade ampliada numa sociedade muito desigual deve ser hoje o princípio básico dos governos democráticos.

(4) O contexto internacional é dominado por três mega-ameaças: pandemias recorrentes, colapso ecológico, possível terceira guerra mundial. Qualquer destas ameaças é global, mas as soluções políticas continuam dominantemente limitadas à escala nacional. A diplomacia brasileira foi tradicionalmente exemplar na busca de articulações, quer de âmbito regional (cooperação latino-americana), quer de âmbito mundial (BRICS). Vivemos um tempo de interregno entre um mundo unipolar dominado pelos EUA que ainda não desapareceu totalmente e um mundo multipolar que ainda não nasceu plenamente. O interregno manifesta-se, por exemplo, na desaceleração da globalização e no regresso do protecionismo, na substituição parcial do livre comércio pelo comércio com parceiros amigos.

Os Estados continuam todos formalmente independentes, mas só alguns são soberanos. E entre os últimos não se contam sequer os países da União Europeia. O Presidente Lula saiu do governo quando a China era o grande parceiro dos EUA e regressa quando a China é o grande rival dos EUA. O presidente Lula foi sempre adepto do mundo multipolar e a China é hoje um parceiro incontornável do Brasil. Dada a crescente guerra fria entre os EUA e a China, prevejo que a lua de mel entre Biden e Lula não dure muito tempo.

(5) O presidente Lula tem hoje uma credibilidade mundial que o habilita a ser um mediador eficaz num mundo minado por conflitos cada vez mais tensos. Pode ser um mediador no conflito Rússia/Ucrânia, dois países cujos povos necessitam urgentemente de paz, num momento em que os países da União Europeia abraçaram sem Plano B a versão norte-americana do conflito e condenaram-se ao mesmo destino a que está destinado o mundo unipolar dominado pelos EUA. E será também um mediador credível no caso do isolamento da Venezuela e no fim do vergonhoso embargo contra Cuba. Para isso, o Presidente Lula tem de ter a frente interna pacificada e aqui reside a maior dificuldade.

(6) Vai ter de conviver com a permanente ameaça de desestabilização. É a marca da extrema direita. É um movimento global que corresponde à incapacidade de o capitalismo neoliberal poder conviver no próximo período com mínimos de convivência democrática. Apesar de global, assume características específicas em cada país. O objetivo geral é converter diversidade cultural ou étnica em polarização política ou religiosa.

No Brasil, tal como na Índia, há o risco de atribuir a tal polarização um carácter de guerra religiosa, seja ela entre católicos e evangélicos ou entre cristãos fundamentalistas e religiões de matriz africana (Brasil) ou entre hindus e muçulmanos (Índia). Nas guerras religiosas a conciliação é quase impossível. A extrema-direita cria uma realidade paralela imune a qualquer confrontação com a realidade real. Nessa base, pode justificar a mais cruel violência. O seu objetivo principal é impedir que o Presidente Lula termine pacificamente o seu mandato.

(7) O presidente Lula tem neste momento a seu favor o apoio dos EUA. É sabido que toda a política externa dos EUA é determinada por razões de política interna. O presidente Joe Biden sabe que, ao defender o presidente Lula, está a defender-se de Donald Trump, seu rival em 2024. Acontece que os EUA são hoje a sociedade talvez mais fraturada do mundo, onde o jogo democrático convive com uma extrema direita plutocrata suficientemente forte para fazer com que cerca de 25% da população norte-americana continue hoje convencida que a vitória de Joe Biden em 2020 foi o resultado de uma fraude eleitoral. Esta extrema direita está disposta a tudo. A sua agressividade fica demonstrada pela tentativa recente de raptar e torturar Nancy Pelosi, líder dos democratas na Câmara dos Representantes.

Pensemos nisto: o país que quer produzir regime change na Rússia e travar a China não consegue proteger um dos seus mais importantes líderes políticos. E, tal como se irá observar no Brasil, logo após o atentado, uma bateria de notícias falsas foi posta a circular para justificar o ato. Portanto, hoje, os EUA são um país duplo: o país oficial que promete defender a democracia brasileira e o país não oficial que a promete subverter para ensaiar o que pretende conseguir nos EUA. Recordemos que a extrema direita começou por ser a política do país oficial. O evangelismo hiper conservador começou por ser um projeto norte-americano (vide o relatório Rockfeller de 1969) para combater “o potencial insurrecional” da teologia da libertação. E diga-se, em abono da verdade, que durante muito tempo o seu principal aliado foi o Papa João Paulo II.

(8) Desde 2014, o Brasil vive um processo de golpe de Estado continuado, a resposta das elites aos progressos que as classes populares obtiveram com os governos do Presidente Lula. Esse processo não terminou com a sua vitória. Apenas mudou de ritmo e de táctica. Ao longo destes anos e sobretudo no último período eleitoral assistimos a múltiplas ilegalidades e até crimes políticos cometidos com uma impunidade quase naturalizada. Para além dos muitos que foram cometidos pelo chefe do governo, vimos, por exemplo, quadros superiores das Forças Armadas e das forças de segurança apelarem a golpes de Estado e a tomarem publicamente partido por um candidato presidencial durante o exercício das suas funções.

Estes comportamentos golpistas devem ser punidos exemplarmente quer por iniciativa do sistema judiciário quer por meio de passagens compulsórias à reserva. Qualquer ideia de amnistia, por mais nobres que sejam os seus motivos, será uma armadilha no caminho da sua presidência. As consequências podem ser fatais.

(9) É sabido que o presidente Lula não põe grande prioridade em caracterizar a sua política como sendo de esquerda ou de direita. Curiosamente, pouco antes de ser eleito Presidente da Colômbia, Gustavo Petro afirmava que a distinção para ele importante não era entre esquerda e direita, mas antes entre política de vida e política de morte. Política de vida é hoje no Brasil a política ecológica sincera, a continuidade e aprofundamento das políticas de justiça racial e sexual, dos direitos trabalhistas, do investimento na saúde e na educação públicas, do respeito pelas terras demarcadas dos povos indígenas e da promulgação das demarcações pendentes.

Acima de tudo, é necessária uma transição gradual, mas firme da monocultura agrária e do extrativismo de recursos naturais para uma economia diversificada que permita o respeito por diferentes lógicas socioeconômicas e articulações virtuosas entre a economia capitalista e as economias camponesa, familiar, cooperativa, social-solidária, indígena, ribeirinha, quilombola que tanta vitalidade têm no Brasil.

(10) O estado de graça é curto. Não dura sequer cem dias (vide Gabriel Boric no Chile). O presidente Lula tem de fazer tudo para não perder o povo que o elegeu. A política simbólica é fundamental nos primeiros tempos. Uma sugestão: reponha de imediato as Conferências Nacionais para dar um sinal inequívoco de que há outra maneira mais democrática e mais participativa de fazer política.

(Este artigo não representa a opinião deste blog, mas de seu autor.)

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Na logística reversa não existe lixo, tudo se transforma

Newloop mostra na Waste Expo, que reciclar é o único caminho para a preservação do planeta

por Caroline Soares

Newloop mostra na Waste Expo Brasil que na logística reversa não existe lixo, tudo se transforma


09/11/2022 | O consumo no mundo tem crescido 3 vezes mais do que a taxa de crescimento da população. Segundo o levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Banco Mundial, 7 bilhões de seres humanos produzem anualmente 1,4 bilhão de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) — uma média de 1,2 kg por dia per capita. Quase a metade desse total é gerada pelos 30 países mais desenvolvidos do mundo.

Dados estimam também que daqui há dez anos serão 2,2 bilhões de toneladas anuais, e até a metade deste século serão 9 bilhões de habitantes, que juntos produzirão ao menos 4 bilhões de toneladas de lixo urbano por ano.

Já a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais alerta que o Brasil perde R$ 14 bilhões por ano com a falta de reciclagem adequada do lixo. O país gera quase 80 milhões de toneladas de lixo, mas apenas 4% são reciclados, o que representa cerca de 12 milhões de toneladas de resíduos sólidos que, ao invés de gerarem dinheiro e emprego, acabam descartados no meio ambiente

Mas os números não param por aí, cerca de 40% de todo o lixo produzido no Brasil acaba despejado em locais inadequados. São mais de 30 milhões de toneladas de resíduos sólidos que vão para quase 3 mil lixões ou aterros controlados espalhados pelo país, prejudicando a saúde de 76 milhões de brasileiros, gerando um custo anual de 1 bilhão de dólares por ano para tratamento de doenças, além de todo o custo ambiental.

Mediante esse cenário, cresce a demanda pela Logística Reversa de pós-consumo, com o intuito de movimentar o fluxo de retorno de resíduos descartados e promover o reaproveitamento. É o caso da Newloop, que se tornou um destaque nesse segmento na América Latina.

A empresa iniciou com os sócios Warney Paulo, proprietário de um teatro, e Alexandre Teixeira, que trabalhava com licenciamento ambiental. Os dois se uniram para reformar uma casa de espetáculo e durante a parceria comercial surgiu o questionamento do motivo de todo lixo gerado ser destinado aos aterros. “Ficava indignado, porque separava todo o lixo em casa e a coleta seletiva jogava todos juntos”.

Esse questionamento martelou tanto o pensamento, que foi um start para que os dois colocassem literalmente as mãos na obra e na sustentabilidade, e assim se tornarem sócios no projeto de preservar o universo.

O início da trajetória deles não partiu de uma colcha de retalhos, eles tinham consciência que queriam tratar o lixo da moda. Começaram reciclando os restos e descartes de tecidos jogados nas ruas do centro de SP, que colaboram regularmente com o entupimento de bueiros.

“Fizemos a reciclagem têxtil dessa fibra e a transformamos em matéria-prima para substituir o amianto, um material totalmente cancerígeno”, comenta o executivo ao informar que a meta era contribuir para a conservação ambiental, já que o poliéster leva mais de 100 anos para se decompor.

Daí os empresários resolveram diversificar a atividade. Além da fibra têxtil, passaram para a transformação de fertilizantes, eletrônicos e já estudam a transformação do fumo e do papel do cigarro.

Já para o sócio Alexandre, o que sai do lixo não volta a ser lixo. O empreendedor conta que quando era pequeno, a mãe o aconselhava a estudar para não virar lixeiro. Ele ouviu a mãe, se graduou em Direito, mas a sentença final veio do coração. “Me tornei lixeiro porque acredito que tratar o lixo é um luxo e uma atitude nobre para salvar o planeta”, comenta ao informar que a Newloop visa transformar nos próximos anos em nível mundial, porque no mundo a tecnologia é escassa e a empresa é a única do país que possui equipamentos criados exclusivamente para moagem.

Para quem quer conhecer a trajetória do lixo processado basta passar no stand C8, localizado na Rua 2, no Pavilhão Amarelo, para conhecer o trabalho da Newloop.

Serviço
Newloop na Waste Expo Brasil
Data – 08 a 10 de novembro
Local - Stand C8 - Rua 2 - Pavilhão Amarelo
Expo Center Norte
Rua José Bernardino Pinto, 333 – Vila Guilherme – São Paulo

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Uso da máquina pública nas eleições e o abalo das estruturas da democracia

Marcelo Aith*

O uso da força da máquina pública para garantir a reeleição, embora seja uma prática corriqueira nas eleições pelo Brasil, torna desigual a disputa e põe em cheque a legitimidade de um pleito. Ceder ou utilizar veículos, prédios públicos ou mesmo servidores para que, em horário de expediente, participem de atividades de campanhas eleitorais, por exemplo, são atividades ilícitas pelas quais os candidatos ou partidos políticos podem ser responsabilizados. Trata-se de um quebra da paridade de oportunidade e uma afronta à democracia.

Nesse sentido, as denúncias contra o candidato à reeleição à presidência, Jair Bolsonaro, crescem a cada dia. Segundo um levantamento realizado nos veículos de comunicação, pelo menos quatro atos revelaram o uso da máquina para causas eleitorais. Um deles foi o uso das dependências do Palácio da Alvorada, residência oficial dos presidentes da República, para anunciar apoios de aliados. O que é uma cristalina violação a lei eleitoral, na medida em que os serviços, as instalações e os servidores de qualquer repartição federal, estadual ou municipal, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista, entidade mantida ou subvencionada pelo poder público ou que realiza contrato com este, inclusive o respectivo prédio e suas dependências, não podem ser utilizados para beneficiar partido ou organização de caráter político, sob pena de prática de crime, tipificado no Código Eleitoral (art. 346). Neste caso a pena é de detenção de até seis meses e multa. Além da autoridade responsável, os servidores que prestarem serviços e os candidatos, membros ou diretores de partido que derem causa à infração podem ser penalizados.

Outro uso da máquina a ser considerado é em relação as medidas econômicas com apoio de banco público como, por exemplo, antecipação do pagamento do Auxílio Brasil pela Caixa Econômica Federal, além da inclusão de 500 mil novas famílias no programa Auxílio Brasil e o perdão de até 90% dos débitos de famílias endividadas com a Caixa.

Entre as ações está também o aumento no número de servidores da Polícia Federal, pois em ano eleitoral o presidente nomeou os concursados da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Outro ponto foram os anúncios de ações feitas com a presença autoridades do governo. Nessas oportunidades Bolsonaro anunciou publicamente ações do governo, em entrevistas coletivas com presença de autoridades do governo, em pleno período de defeso (proibição) eleitoral, quando normas para gastos públicos e comunicação institucional são mais restritas.

Ademais, não se pode esquecer o uso indevido de data comemorativas como palanque eleitoral. O candidato Jair Bolsonaro transformou o último dia 7 de Setembro, data em que se comemorava o bicentenário da Independência do Brasil, um evento público na Esplanada dos Ministérios, em comício.

Cabe ressaltar que, caso fique comprovado o abuso do uso da máquina pública, a Lei Eleitoral prevê punições como a suspensão imediata da conduta vedada e, quando for o caso, multa. O candidato beneficiado, agente público ou não, ficará sujeito à cassação do registro ou do diploma eleitoral.

No entanto, a beligerância que envolve a política nacional nessa quadra histórica do Brasil, exigem muita prudência da Justiça Eleitoral, para que uma decisão não seja o estopim para uma grande movimentação antidemocrática. Oxalá sejam os julgadores iluminados na hora de decidir.


*Marcelo Aith é advogado, latin legum magister (LL.M) em direito penal econômico pelo Instituto Brasileiro de Ensino e Pesquisa – IDP, especialista em Blanqueo de Capitales pela Universidade de Salamanca, professor convidado da Escola Paulista de Direito, mestrando em Direito Penal pela PUC-SP, e presidente da Comissão Estadual de Direito Penal Econômico da ABRACRIM-SP

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Aprenda os 10 passos do aproveitamento integral dos alimentos

No Dia Mundial da Alimentação e aniversário do portal Alimente-se Bem, o site do programa completa dois anos com divulgação de conteúdo gratuito que inclui notícias, receitas, e-books, vídeos e podcasts.

13/10/2022 | Cerca de 150 países comemoram, em 16 de outubro, o Dia Mundial da Alimentação. A data foi instituída para abordar questões que envolvem a nutrição em todo o mundo. Nesse sentido, o Sesi-SP possui o portal do programa Alimente-se Bem, que este mês completa dois anos de atuação.

O trabalho é referência em educação alimentar, saúde, economia e sustentabilidade, ao incentivar o hábito do aproveitamento integral de frutas, legumes e verduras no preparo de receitas nutritivas, saborosas e sem desperdícios.

Segundo a nutricionista Joice Neris Ribeiro Pozenato, do Sesi-SP, o ato de comer vai além de uma alimentação que ajuda a prevenir doenças ou controlar o peso. “Ao adotar hábitos alimentares saudáveis, devemos considerar também aspectos sustentáveis. Por isso, a data é um convite para colocar em prática habilidades culinárias que valorizam o alimento na sua integralidade”, explica.

10 passos do aproveitamento integral dos alimentos

Para ensinar o uso das partes não convencionais, como folhas, talos, ramas, cascas e sementes, o Alimente-se Bem desenvolveu os 10 passos do aproveitamento integral dos alimentos, com dicas simples de consumo consciente que podem ser integradas no dia a dia. 

1. Planeje e elabore: Organize o cardápio e escreva a lista de compras a partir dele. Para isso, é importante conhecer o hábito alimentar e as preferências da sua família, e incentivá-los a provar novos pratos.

2. Compre de quem produz: Dê preferência a produtores locais, pois contribui com o trabalho do pequeno agricultor da região, ajuda na redução da emissão de gases ocasionada pelo transporte e é mais fácil para adquirir o alimento na forma integral.

3. Aparência não é tudo: O tamanho, a forma ou a cor, da fruta ou legume, não determinam o valor nutritivo, pois alimentos imperfeitos, ainda são alimentos.

4. Tá barato? Não compre em excesso: Conheça o consumo médio de sua família, e mesmo que os preços estejam baixos, não compre em uma quantidade maior do que pode consumir, pois, mesmo pagando pouco, parte do gasto irá para o lixo. 

5. Comprou? Cuide bem: Armazene as partes não convencionais dos alimentos de forma correta, para possibilitar o uso por um prazo maior e evitar que estraguem.

6. Abra-se ao novo: Pesquise e prepare receitas deliciosas e nutritivas com cascas, talos, folhas e sementes.

7. Quem congela sempre tem: A dica vale tanto para receitas com aproveitamento integral de alimentos e para algumas partes não convencionais, que também podem ser congeladas. Por isso, na hora de cozinhar a refeição, prepare uma porção a mais e congele para evitar o consumo de fast-food nos dias mais corridos.

8. Bons pratos para bons momentos: Comer não se resume apenas a ingerir o alimento. O ato também está relacionado às emoções, à companhia e às memórias afetivas. Portanto, escolha um momento agradável para propor e compartilhar pratos com o uso do aproveitamento integral.

9. Aproveite as sobras: As sobras não são restos. Elas representam o que permanece na panela depois do preparo do alimento. Já os restos são aquilo que ficou no prato após uma refeição. Se as sobras forem armazenadas de forma adequada, elas poderão ser transformadas em pratos diferentes na refeição seguinte. 

10. Avalie, replaneje e siga: Sempre que preciso, repense as ações. Se vai comprar e encontrou um alimento em promoção, que não fazia parte do cardápio planejado, troque-o por outro do mesmo grupo. Se um preparo com aproveitamento integral não teve uma boa aceitação, não desista, tente outras receitas. Se preparou e sobrou, avalie se a aceitação não foi boa ou se fez uma quantidade muito grande. Siga o caminho do aproveitamento integral para ganhar em saúde e sabor, economizar e colaborar com a redução do desperdício.

Esses passos ajudam a diminuir o descarte de alimentos em casa, pois o Brasil está entre os 10 países do mundo que mais desperdiçam ao longo de toda a cadeia produtiva, e podem ser colocados em prática por meio de algumas receitas do programa:
  • Suco de cascas de frutas
  • Salada com sementes
  • Rolinhos de folhas
  • Carne ensopada com entrecasca de melancia 
  • Requeijão com talos de couve
  • Bolo integral maravilha
No site Alimente-se Bem estão disponíveis essas e outras sugestões de preparos, como bebidas, acompanhamentos, saladas, opções de pratos para refeições principais, sopas e sobremesas.

Sobre o Alimente-se Bem

Criado há mais de duas décadas, o programa Alimente-se Bem teve início quando nutricionistas do Sesi-SP começaram a observar o comportamento de desperdício alimentar dos trabalhadores da indústria do estado de São Paulo e seus familiares, que muitas vezes desconhecem as propriedades culinárias de cascas, sementes, talos e outras partes dos alimentos.

Em busca da reeducação alimentar da população, a equipe desenvolveu receitas pautadas nesse aproveitamento, tendo como pilares: a economia, o sabor e os benefícios nutritivos. Aos poucos, o Alimente-se Bem ganhou visibilidade e alcançou milhares de pessoas de todas as idades com a divulgação das receitas em cursos nas cozinhas didáticas e unidades móveis do Sesi-SP, aulas no Canal Futura, bem como em instituições governamentais e não governamentais, e entidades assistenciais e filantrópicas.

Em parceria com a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), o programa publicou a primeira Tabela de Composição das Partes Não Convencionais dos Alimentos, com os valores nutritivos de cascas, talos e folhas de algumas frutas e hortaliças.

Confira a linha do tempo em: https://alimentesebem.sesisp.org.br/o-programa/

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Revitalização de calçadas são cruciais para Mobilidade Urbana

Soluções em concreto contribuem para segurança, acessibilidade e melhoria da mobilidade nos principais centros urbanos do país

Há quem diga que as calçadas são os espaços mais democráticos de qualquer cidade. Mesmo quem se desloca por transporte público, bicicleta ou automóvel em algum momento do trajeto tem de passar por uma calçada. É por isso que a precariedade desse equipamento é um grande entrave nas cidades.

Buracos, degraus, ambulantes, mesas e cadeiras, além da falta de rampas de acessibilidade, sinalização e iluminação foram os principais problemas apontados em diversas capitais brasileiras por uma pesquisa de avaliação das condições de calçadas realizada pelo Instituto Mobilize em 2019. Ainda de acordo com estudo, todas as 27 capitais brasileiras não atingiram a média mínima aceitável de oito pontos percentuais em uma escala de zero a dez.

Esses obstáculos afetam todos os pedestres, principalmente aqueles com mobilidade reduzida, como pessoas em cadeira de rodas e idosos. Tendo cerca de 46 milhões de cidadãos com alguma deficiência, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e uma população em processo de envelhecimento, as calçadas dos principais centros urbanos - principalmente - deveriam ser uma prioridade nacional.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) disciplina o uso da calçada, restringindo (e punindo) o acesso a ela por veículos automotores. Mas os automóveis não são o único problema dos pedestres. As condições do piso e do uso da calçada interferem nas características da caminhada e podem causar acidentes.

E aqui entra outro dado importante. As quedas de pessoas nas calçadas não entram nas estatísticas como acidentes de trânsito, mas impactam fortemente a sociedade: apenas o setor de Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo registrou 6.648 atendimentos desse tipo em 2010. A causa desse problema também é mostrada em números pelo IBGE. E a acessibilidade piora à medida que diminui o tamanho do município.

A necessidade de transformar para melhor a infraestrutura dos municípios brasileiros está inserida na agenda da ABCP por meio do projeto “Soluções Para Cidades”, que apoia o desenvolvimento, a transferência de tecnologia e o uso adequado dos sistemas construtivos a favor da infraestrutura nos centros urbanos.




“Calçadas devem oferecer um ambiente atraente com acessibilidade garantida para todas as pessoas circularem”, comenta Ricardo Moschetti, gerente da regional São Paulo da ABCP. “Nosso objetivo é contribuir para que idosos, crianças e pessoas com deficiência, assim como todos os cidadãos, possam circular livremente pela cidade, exercendo plenamente seu direito de ir e vir sem enfrentar obstáculos no caminho como degraus, buracos, falhas”.

Nas questões que envolvem conforto e segurança, o pavimento intertravado, também conhecido como paver, é formado pelo arranjo de peças pré-fabricadas de concreto, que são assentadas sobre uma camada de areia e travadas entre si por meio de contenções, o que evita deslocamento, rotação e translação. Seu sistema é racionalizado, de simples execução, limpeza e manutenção.

No aspecto de abrangência, o sistema de placas de concreto, que são peças pré-fabricadas para o revestimento da superfície de pavimentos, concilia a cobertura de áreas maiores, dimensionada de acordo com a necessidade do projeto e com espessura menor, o que reduz o peso do revestimento. Outro atributo dessa solução é a estética, pois conta com uma variedade de formatos, cores e texturas que destacam a intervenção na paisagem urbana.

Já o ladrilho hidráulico, oferece inúmeros benefícios. Trata-se de placas de concreto de pequenas dimensões e alta resistência ao desgaste, produzidas em larga escala e assentadas com argamassa sobre base de concreto. Além de estar entre as soluções de revestimento mais sofisticadas, oferece maior conforto térmico, propriedade antiderrapante, qualidade e durabilidade, estimada em mais de 100 anos.

Mas se o objetivo é praticidade e diversidade, o concreto moldado in loco podendo ter seu acabamento desempenado convencional ou estampado é uma ótima e rápida solução. Executado no local, que recebe um tratamento superficial no mesmo instante em que é feita a concretagem, é capaz de reproduzir ótimos resultados em cores e texturas variadas.

“Todas as soluções aplicadas em concreto garantem durabilidade, resistência, padronização, e facilidades na manutenção e instalação. Para escolha da mais adequada, é necessário levar em consideração as características e peculiaridades de cada município durante o planejamento e na execução do projeto”, finaliza Moschetti.

A cidade de São José dos Campos, primeiro município brasileiro certificado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) como Cidade Inteligente, se destaca pela implementação do programa Calçada Segura -- iniciativa desenvolvida pela Prefeitura de São José dos Campos com apoio técnico da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

O programa, reconhecido como uma das 10 melhores experiências de gestão municipal inovadora do estado ao receber o Prêmio Mario Covas, de 2013, também recebeu o Prêmio Ações Inclusivas concedido pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em 2011.

O sucesso do programa se dá pelo uso do pavimento intertravado, concreto moldado in loco, ladrilho hidráulico e placas de concreto, todos implementados graças a integração da gestão pública com a sociedade, mudando a forma como os moradores se relacionam com espaço público e a cidade.

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

CCR SPVias inicia Movimento Afaste-se com foco na segurança das equipes de atendimento nas rodovias

A proposta é promover a mudança de comportamento dos motoristas, orientando a todos para mudar de faixa ou reduzir a velocidade ao avistar viaturas em ocorrências nas estradas.

CCR SPVias (Divulgação)


01/09/2022 |  A concessionária CCR SPVias responsável pela administração das principais rodovias do sudoeste paulista, está iniciando uma ação inovadora no Brasil chamado Movimento Afaste-se. O objetivo principal é proteger aqueles que trabalham prestando atendimento aos veículos que trafegam nas rodovias, proporcionando a estes profissionais condições mais seguras para realizar suas atividades. Esta iniciativa tem o apoio da ARTESP (Agência de Transportes do Estado de São Paulo).

De acordo com Fausto Camilotti, Diretor de Operações da CCR Rodovias, empresa do Grupo CCR, a proposta é que o condutor de veículo, ao perceber uma situação que envolva qualquer tipo de atendimento nas rodovias, principalmente no acostamento, mude de faixa sempre que for possível e seguro. Outra orientação é reduzir a velocidade do veículo em até 40 km/h a menos que o limite regulamentado para a estrada. “Também é muito importante estar sempre alerta para permitir que aqueles que estão afastando-se de uma via em atendimento consigam passar para a próxima faixa”, enfatiza.

O ato de afastar-se dá à polícia, socorristas de emergência e outros veículos de serviço, espaço adequado para a realização do trabalho nas rodovias, reduzindo o perigo dos profissionais que estão atuando em uma ocorrência. No caso de um acidente grave, envolvendo vários veículos e múltiplas vítimas, podem ser acionadas diversas equipes de atendimento da concessionária, incluindo inspeção de tráfego, guincho leve e pesado, ambulâncias das equipes de Atendimento Pré-hospitalar e caminhão de combate a princípio de incêndio.

Além desses recursos, que contam com mais de uma dezena de profissionais, também participam de atendimentos a Polícia Militar Rodoviária, ambulâncias do Samu e Corpo de Bombeiros. “É uma ampla estrutura envolvida nas ocorrências de acidente, sendo necessário garantir que o trabalho dessas equipes seja realizado com segurança”, ressalta Camilotti. “A mesma preocupação e cuidado devemos ter quando observamos um guincho atendendo um veículo em pane mecânica no acostamento ou equipes realizando serviços de manutenção nas rodovias”, acrescenta.

Para alertar os motoristas sobre essa prática de segurança e propor uma mudança no comportamento de quem está no volante, a CCR SPVias vai implantar ao longo das rodovias que administra faixas orientativas com as seguintes mensagens: “Ao observar viatura em atendimento, mude de faixa” e também “Ao observar viatura em atendimento, reduza a velocidade”. Essas mensagens também estarão presentes nos painéis eletrônicos, site da empresa e em banners implantados em todas as bases operacionais da concessionária. O Movimento Afaste-se também estará presente com orientações em material impresso que será distribuído aos motoristas nas praças de pedágio.

“Quando avistamos uma ambulância pelo retrovisor do veículo, nossa atitude imediata é deslocar de faixa para abrir espaço necessário para a passagem do veículo, pois sabemos que é uma situação de emergência. Nosso objetivo é propor ao motorista que esse comportamento também aconteça quando ele observar viaturas em atendimento à frente nas rodovias”, completa o diretor de Operações.

O Movimento Afaste-se foi lançado inicialmente na CCR AutoBAn e agora implantado em todas as concessionárias de rodovias paulistas do Grupo CCR.

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

As eleições de 2022 estão chegando! A menos de 1 mês para o grande exercício da democracia, aproveitamos para explicar como funciona a Urna Eletrônica e porque ela é segura. Confira.

Divulgação / Compara e Poupa

Eleições 2022: quão segura é a urna eletrônica?

Ele finalmente chegou: 2022, o ano das eleições. Das eleições e da Copa do Mundo, claro. E dentre todos os assuntos que rondam esse tema, o que está sempre envolto em polêmica é a famosa urna eletrônica. Afinal, porque a urna eletrônica é tão debatida?

Criada em 1995 e utilizada nas 12 eleições seguintes seguintes, a urna eletrônica se mantém insubstituível. Atualmente cerca de 147 milhões de eleitores utilizam o sistema eletrônico para o exercício da cidadania por meio do voto.

Bom, o fato é que mesmo assim, a urna eletrônica tem seus detratores. Por isso, resolvemos escrever esse artigo para explicar como funciona a urna eletrônica, qual a história da urna nas eleições do Brasil e como será a eleição de 2022. Por fim, você poderá decidir se a polêmica é justa ou não. Boa leitura!
História da urna eletrônica no Brasil

O projeto da urna eletrônica foi desenvolvido pelo TSE e é totalmente nacional, customizado de acordo com as características do eleitor brasileiro, ou seja, intuitivo para facilitar na hora do voto.

Na primeira eleição informatizada, de 1996, mais de 32 milhões de brasileiros votaram em mais de 78 mil urnas eletrônicas. Desde então, a Justiça Eleitoral também adquiriu urnas nos anos de 1998, 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2009, 2010, 2011, 2013, 2015 e 2020.

Em 2008, a biometria começou a ser adotada em algumas localidades e, até julho de 2020, mais de 119 milhões de eleitores tiveram suas digitais cadastradas.

Portanto, como podemos ver, a urna eletrônica é parte relevante do processo eleitoral brasileiro e da concretização da ordem e da legitimidade na realização das eleições.

Como funciona a urna eletrônica?

Com tantos anos de existência, milhões de votos realizados e sem apresentar nenhuma falha ou fraude que comprometesse os resultados das votações, a urna eletrônica nada mais é que um supercomputador.

Para começar e explicar como a urna eletrônica funciona, pontuamos que a urna não é conectada à internet, nem via Wi-fi nem via fibra óptica, e por isso, durante a votação, não há possibilidade de invasão.

No fim das votações, os votos são embaralhados, criptografados e armazenados em um cartão enviado à junta eleitoral. De lá, os dados são enviados, por uma rede exclusiva, para os TREs, que conferem se eles vieram de uma urna oficial e os repassam ao TSE, que totaliza e divulga os resultados.

São vários mecanismos utilizados para garantir a segurança dos dados, os principais são a criptografia (tecnologia que oculta os dados) e as chaves de segurança secretas (que decifram os dados criptografados). Além de que a urna registra todos os eventos que ocorrem durante a votação (hora em que foi ligada, momento de cada voto, eventual pane, desligamento, retirada dos dados, etc).

Auditoria e Segurança

A urna foi criada não só para agilizar a apuração, mas com o objetivo principal de eliminar fraudes que ocorriam na contagem manual de cédulas de papel. Por isso, é natural supor que a segurança é o fator fundamental para o uso da urna eletrônica. E dentre os vários mecanismos utilizados pelo TSE, um dos principais é o TPS.

O Teste Público de Segurança (TPS) é um evento da Justiça Eleitoral e foi criado justamente para monitorar o processo eletrônico de votação. Realizado, preferencialmente, no ano anterior às eleições, conta com a participação e colaboração de especialistas na busca por problemas ou fragilidades que, uma vez identificadas, serão resolvidas – e testadas – antes da realização das eleições.

O último TPS foi realizado em novembro de 2021. E o acesso é livre para diversas instituições e qualquer cidadão brasileiro.
Principais características das urnas eletrônicas

Importante relembrar algumas características das Urnas Eletrônicas, para combater as fake news:

As urnas eletrônicas não se conectam a nenhum tipo de rede, internet ou bluetooth;

Utilizam criptografia, assinatura e resumo digitais, garantindo que somente o sistema e programas desenvolvidos pelo TSE e certificados pela Justiça Eleitoral (JE) sejam executados nos equipamentos;

Possibilidade de auditoria das urnas, antes, durante e após a votação, pelos partidos e instituições fiscalizadoras e pela sociedade em geral;

Impressão da zerésima (comprovante que mostra que, no início da votação, não há voto registrado na urna para nenhuma candidatura);

As urnas ainda contam com o Registro Digital do Voto (RDV). Nele, as informações sobre os votos são embaralhadas em uma tabela que assegura o sigilo da votação;

Segundo informações do TSE em 2021, o Brasil tem um parque eletrônico de 577.125 equipamentos.
Como vão ser as eleições de 2022?

Você já deve estar bem informado sobre as eleições de 2022, mas não custa nada relembrar.

O 1º turno das eleições será em 2/10/2022, domingo. E, se houver 2º turno, este será realizado em 30/10/2022, também domingo. Lembrando que o dia da eleição é feriado.

Nas eleições de 2022, os brasileiros irão votar para os cargos de presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal, senador (uma vaga), deputado federal, estadual e distrital.

Importante ressaltar que nas eleições de 2022 é proibido o uso de aparelhos de celular na cabine de votação, desligados ou não. Fique atento!

Novidades para 2022

As urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições de 2022 foram produzidas em Manaus (AM) pela Positivo Tecnologia, vencedora da licitação que fabricou 225 mil novas urnas, de um total de 577 mil que serão usadas nas Eleições de 2022.

Mais modernas, as urnas Modelo UE2020 trazem novos recursos de acessibilidade e novidades em termos de segurança, transparência e agilidade. A produção era focada nas placas-mãe da urna. Lembrando que cada fase da produção dos equipamentos foi acompanhada pela equipe da Coordenadoria de Tecnologia Eleitoral (Cotel) da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE.

Outra novidade é que o TSE lançou o simulador de votação na urna eletrônica! Por meio do site do órgão, o eleitor pode treinar a sequência de votação que será adotada nas eleições de outubro. E você, leitor, está se preparando para exercer seu direito nas eleições de 2022? Ainda dá tempo de estudar os candidatos e fazer valer seu voto.

Fonte: https://comparaepoupa.com.br/blog/como-funciona-urna-eletronica/

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

São Paulo protege melhor Unidades de Conservação na Mata Atlântica do que no Cerrado

por Karol Domingues

Nem todo mundo sabe, mas no estado de São Paulo encontram-se áreas de dois grandes biomas brasileiros: Mata Atlântica e Cerrado, ambos considerados hotspots globais de biodiversidade. Apesar disso, a proteção a um deles deixa a desejar. Essa é uma das conclusões do estudo de Alexandre Bomfim Gurgel do Carmo, da Universidade Federal de São Carlos, que ficou em primeiro lugar na categoria Jovem da 4a Edição do Prêmio MapBiomas. Usando o mapeamento das mudanças de uso da terra feitas com sensoriamento remoto pelo MapBiomas, ele descobriu que as Unidades de Conservação na Mata Atlântica têm um entorno mais protegido que as do Cerrado.

Para chegar a essa conclusão, Alexandre usou uma abordagem inovadora: ele analisou as condições das Zonas de Amortecimento (ZA) em torno das Unidades de Conservação (UC). Uma ZA é a área, ao redor da UC, em que o uso e ocupação do solo podem sofrer influências e restrições para proteger e aumentar a conservação das UCs. O objetivo é diminuir ou impedir impactos gerados pela ocupação humana fora das UCs, tais como, fogo, invasão de espécies exóticas, erosão, poluição sonora e construção de empreendimentos, entre outros. Para determinar o estado de conservação dessas zonas, Alexandre avaliou a porcentagem de cobertura de vegetação nativa delas entre 1988 e 2018, classificando-as em Alta Conservação (cobertura de vegetação nativa superior a 40%), Média Conservação (entre 20% e 40%) e Baixa Conservação (menos de 20%).

O estado de São Paulo tem 86 UCs com ZAs terrestres. Juntas, elas cobrem 5.479.916 hectares, ou 22,09% do território paulista. Em 2018, 33 ZAs de UCs em São Paulo tinham Alta Conservação; 18 delas, Média Conservação; e 34 tinham Baixa Conservação. Entre 1988 e 2018, o número de UCs com ZAs com alta conservação variou de 34 para 33; as de média conservação aumentaram em 4 unidades e as de baixa conservação perderam 3 unidades. A análise mostrou ainda que independente do ano, as unidades com Alta Conservação se encontram todas ao leste do estado de São Paulo, na Mata Atlântica, evidenciando um déficit na conservação do bioma Cerrado. Segundo o relatório, a numerosa fragmentação do Cerrado transformou-o em manchas rodeadas por pasto e agricultura, ameaçando a existência deste bioma.

“Os resultados deste trabalho podem auxiliar nas tomadas de decisões e em políticas públicas que envolvam o plano de manejo das ZAs das UCs do Estado de São Paulo. É importante que o manejo das ZAs seja feito de forma a buscar o equilíbrio entre o avanço socioeconômico, prezando pela conectividade dos fragmentos de vegetação nativa, promovendo a dispersão de biodiversidade entre fragmentos e garantindo a efetiva conservação e proteção das UCs”, explicou Alexandre.

A situação das ZAs reflete as condições desiguais de cobertura de vegetação nativa verificadas nas distintas regiões do estado de São Paulo. A região do oeste paulista é apontada por diversos estudos como a área com menor cobertura de vegetação nativa no estado. Embora as unidades com baixa conservação se encontrem por todo o estado, não possuindo uma região específica, todas as ZAs das UCs do oeste do estado se apresentam em situação de baixa conservação, ou seja, com cobertura de vegetação nativa inferior a 20%.

Segundo o estudo, os maiores impactos à vegetação nativa foram o avanço do pasto e da agricultura. De 1988 a 1998 o pasto se mostrou com maior influência; de 1998 para 2008 e de 2008 para 2018 foi a agricultura que se mostrou com maior influência. Isso ajuda a entender a alta conservação das ZAs de UCs no leste de São Paulo, na região da Serra do Mar, cuja topografia não favorece a atividade agropecuária. O relatório afirma que esta constatação corrobora o indicado em diversos estudos que apontam a expansão da agropecuária como o principal indutor de desmatamento das florestas tropicais no planeta. Ao todo, as ZAs tiveram uma diminuição de mais de 38 mil hectares de vegetação nativa no período analisado.

O estudo constatou também que 33,87% (ou 21) das 62 ZAs de UCs de proteção integral e 52,17% (12) das 23 ZAs de UCs de uso sustentável apresentavam alta conservação em 2018. Outros 43,54% das ZAs de UCs de proteção integral e 30,43% das ZAs de UCs de uso sustentável foram classificadas como de baixa conservação em 2018. Estes resultados sugerem melhor desempenho das ZAs de UCs de uso sustentável, na comparação com as ZAs de UCs de proteção integral.

A Mata Atlântica ocupa 67% da área do Estado de São Paulo e se apresenta hoje com 32,6% de vegetação nativa, ou 5,4 milhões de hectares. O Cerrado, por sua vez, ocupa 33% do território paulista, mas tem apenas 3% de sua área recoberta por vegetação nativa, ou 239 mil hectares. Segundo dados do MapBiomas (2020), a cobertura de vegetação nativa do estado variou de 21,87% em 1988 para 22,48% em 2020.

Sobre MapBiomas: iniciativa multi-institucional, que envolve universidades, ONGs e empresas de tecnologia, focada em monitorar as transformações na cobertura e no uso da terra no Brasil, para buscar a conservação e o manejo sustentável dos recursos naturais, como forma de combate às mudanças climáticas. Esta plataforma é hoje a mais completa, atualizada e detalhada base de dados espaciais de uso da terra em um país disponível no mundo. Todos os dados, mapas, método e códigos do MapBiomas são disponibilizados de forma pública e gratuita no site da iniciativa. O Prêmio MapBiomas, realizado em parceria com o Instituto Ciência, visa estimular e valorizar trabalhos que utilizem dados de qualquer iniciativa do MapBiomas.

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Nutricionista apresenta as melhores substituições ao leite de vaca

por Pierre Cruz

Coordenadora do curso de Nutrição da Anhanguera apresenta opções para pessoas com intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite de vaca

Leite vegetal pode substituir o leite de vaca em receitas e no dia a dia/DIVULGAÇÃO


O consumo de leite e seus derivados pode representar problemas para saúde de algumas pessoas: cerca de 53 milhões de brasileiros convivem com algum grau de intolerância à lactose, segundo o Instituto Datafolha, e, aproximadamente, 3% da população possui alergia à proteína do leite de vaca (APLV). Embora sejam problemas distintos, ambos os quadros levam o paciente a adotar um planejamento alimentar personalizado a fim de evitar desconfortos no estômago, diarreias, manifestações cutâneas, perda de peso, dentre outros sintomas.

Como explica a coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, professora Karoline Vieira, a APLV uma reação do sistema imunológico a algumas proteínas do leite de vaca e é mais comum em crianças, já a intolerância é uma resposta do sistema digestivo ao açúcar presente no leite e em seus derivados, mais provável de ser desenvolvida em adultos e idosos. “Uma alimentação equilibrada, com o um plano alimentar desenvolvido de maneira personalizada, que respeita os hábitos alimentares e necessidades do paciente, se torna o principal ponto a ser trabalhado para o controle dessas condições”.

Em casos de sintomas, o diagnóstico de um profissional de saúde é indispensável para identificar a natureza do problema e definir o melhor tratamento. A substituição do leite de origem animal para essas pessoas pode ser um caminho para aumentar a qualidade de vida e o acompanhamento de um nutricionista qualificado é essencial para a garantia de ingestão adequada de nutrientes para o organismo.

CÁLCIO

Uma das principais preocupações de quem elimina o leite do dia a dia é a fonte de cálcio para suprir as necessidades do corpo. O elemento é importante para o fortalecimento dos ossos e dos dentes e para a coagulação sanguínea, dentre outras funções importantes. A quantidade diária indicada varia de acordo com a idade, com aumento progressivo, e estima-se que pessoas com mais de 50 anos devam consumir uma média de 1.200 miligramas.

“Alimentos ricos em cálcio mais comuns do supermercado são o brócolis e o espinafre, sardinhas para os que comem carnes, além de oleaginosas como amêndoas e castanha-do-pará, que têm alta concentração do nutriente”, afirma a professora da Anhanguera. Outra forma de ingerir a quantidade ideal do elemento é por meio de suplementos, com acompanhamento de um nutricionista graduado.

BEBIDAS VEGETAIS

Leites de fonte vegetal podem ser uma alternativa interessante para pessoas com restrição à lactose ou APLV. “Essas opções são ricas em nutrientes, são facilmente produzidos em casa e podem substituir o uso do ingrediente de origem animal em receitas comuns da cultura do brasileiro”, afirma a docente. “As variações feitas com amêndoas, soja ou coco são indicadas para o consumo diário e para o preparo de bolos e doces, uma vez que têm bastante gordura e cremosidade. O retrogosto de cada leite vegetal é diferente do vindo de vaca e outros bichos, portando, é interessante experimentar para definir com qual o indivíduo se adapta melhor”, finaliza.

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

4 produtos zero plástico para ter em casa

por Priscila Gomes

O Brasil é o 4º país que mais gera lixo plástico no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, da China e da Índia, segundo dados do Fundo Mundial para a Natureza (WWF). Preocupadas com este cenário, e de olho nas mudanças comportamentais da nova geração de consumidores, diversas empresas já disponibilizam opções sem plástico em seu portfólio de produtos.

Apenas em 2019 foram geradas 11,3 milhões de toneladas de plástico no Brasil, mas apenas 145 mil foram recicladas, ou seja, 1,3%. Com isso, o país está bastante abaixo da média global de reciclagem plástica -- que é de 9%.

Confira as dicas a seguir para tornar o seu dia a dia mais sustentável e proteger o meio ambiente na luta contra a poluição.

Saco para lixo zero plástico

Fabricado com matérias-primas renováveis e biodegradáveis, o saco para lixo Embalixo Zero Plástico pode ser processado em composteira doméstica e industrial, se decompondo em resíduo orgânico para ser utilizado como adubo. Desenvolvido pela empresa líder nacional na categoria de sacos para lixo, é o único sem polietileno ou polipropileno em sua fórmula, que contém materiais renováveis totalmente compostáveis, como os polímeros (macromoléculas) PLA, PBAT e amido.

Imagem: Saco para lixo Embalixo Zero Plástico. Divulgação


Shampoo e condicionador em barra

Após seis anos de pesquisas, a Natura lançou no ano passado sua primeira linha de produtos sólidos, a Biōme, que é zero plástico inclusive nas embalagens - produzidas com papel reciclado e reciclável pós-consumo. Compostos por derivados de soluções baseadas na natureza, os itens da linha são produzidos em sistema agroflorestal e com o uso de biorresina, feita a partir da captura de gás metano e aplicada no desenvolvimento de acessórios para o armazenamento das barras.


Imagem: Shampoo e condicionador em barra. Natura Biōme. Divulgação


Água mineral em recipientes metálicos

Além de ser zero plástico, a marca Mamba Water - primeira empresa brasileira que vende água em recipiente metálico - atua em parceria para levar água às regiões carentes do interior do Ceará. A empresa utiliza um sistema de enlatamento com energia solar a partir de uma fonte totalmente renovável.

Imagem: Água em recipiente metálico Mamba Water. Divulgação


Alimentação canina em embalagens de vidro

Além de ser produzida com ingredientes naturais e sem conservantes, aromatizantes e corantes artificiais, a alimentação canina da linha Kitchen da Zee Dog já nasceu com o conceito de zero plástico, já que todos os rótulos e embalagens são de papel e vidro.


Imagem: Alimentação canina Zee Dog Kitchen. Divulgação


domingo, 31 de julho de 2022

Eleições 2022: TSE usa tecnologia e faz parcerias para combater fake news

Empresas responsáveis por aplicativos e plataformas vão adotar medidas para impedir a desinformação entre os usuários

por Luiz Affonso Mehl

Imagem: Freepik


30/07/2022 - A Justiça Eleitoral apertou o cerco contra fake news. A preocupação com a propagação de informações falsas para os eleitores fez com que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criasse o Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação, que reúne uma série de medidas com essa finalidade. Dentre elas, a parceria com as empresas responsáveis por aplicativos e plataformas digitais.

A Meta (que detém o Facebook, o Instagram e o WhatsApp), o Google (responsável por vários aplicativos e pela plataforma YouTube), além de Kwai, LinkedIn, Spotify, Telegram, TikTok e Twitter assumiram o compromisso junto ao TSE. Com o auxílio da tecnologia, os aplicativos e as plataformas vão auxiliar na identificação de fake news.

De acordo com a assessoria do TSE, os responsáveis por produzir ou reproduzir informações falsas estarão sujeitos a multa e detenção de até um ano. Por isso, usuários devem estar atentos aos conteúdos que recebem e compartilham na rede.

Antes de repassar uma notícia sobre candidato, proposta ou intenção de votos dos eleitores, é necessário checar a procedência e a veracidade dos fatos. O TSE alerta que uma pesquisa presidencial 2022 legítima é registrada junto ao órgão e tem todos os dados disponíveis no site do Tribunal.

Para auxiliar os brasileiros na checagem de informações, o site do TSE tem agora a seção “Fato ou Boato”, que ajuda a desmentir conteúdos falsos que circulam na internet. Também é possível obter informações verídicas sobre o pleito nas áreas “Atendimento ao Eleitor” e “Eleições 2022”.

Combate à desinformação inclui treinamento e canal de denúncias

Com a parceria firmada junto ao TSE, o Google se comprometeu com a adoção de medidas que permitam o direcionamento dos usuários a páginas confiáveis. A empresa também informou que vai criar um Doodle — cabeçalho da página do Google — com o tema das eleições e destacar conteúdos cívicos em suas plataformas e aplicativos.

Além disso, as equipes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), das agências de fact checking e das campanhas políticas participarão de treinamentos sobre o uso de ferramentas, como Google Ads e YouTube.

A Meta, por sua vez, assegurou que também realizará ações para o enfrentamento à desinformação. O Facebook vai disponibilizar a ferramenta megafone em mensagens sobre as eleições e um rótulo específico para que os usuários possam acessar conteúdos legítimos. Já no Instagram será disponibilizado um chatbot para o esclarecimento de dúvidas sobre o tema.

Ainda segundo o acordo firmado entre o TSE e a Meta, o WhatsApp contará com iniciativas que ajudem na rápida identificação e contenção de fake news. Uma das propostas é a criação de um canal extrajudicial para denúncias.

Outras ações

Desde fevereiro, o Twitter permite que os usuários denunciem fake news na plataforma. A próxima ação será ativar avisos de buscas para ajudar o acesso dos usuários aos conteúdos legítimos.

Spotify, LinkedIn e TikTok assumiram o compromisso de divulgar informações verídicas e auxiliar na identificação de falsos conteúdos sobre o processo eleitoral. O Telegram confirmou que adotará uma medida exclusiva no Brasil, que consiste no monitoramento das publicações feitas nos grupos do aplicativo.

Já o Kwai será parceiro do TSE na transmissão de eventos e também se encarregou de criar uma página com conteúdo educativo sobre as eleições 2022.

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Luiz Affonso Mehl
Analista de Link Building

sábado, 30 de julho de 2022

Dicionário mercadológico: Conheça as palavras em inglês mais usadas no mundo do marketing

Maria Gabriela Ortiz Vieira

Se você conhece ou trabalha com marketing, aprender inglês faz parte do dia a dia. São tantas expressões utilizadas que a profissão pode acabar sendo uma boa aula deste idioma!

No mundo do marketing, quem não sabe outro idioma, não tem vez: aprender inglês acaba sendo natural e um exercício diário na rotina, já que o profissional utiliza-se de expressões estrangeiras até para falar de um mero café no meio da tarde, o famoso "coffee break” entre as reuniões.

Por isso, hoje iremos falar sobre o estrangeirismo no meio corporativo e como isso se tornou um processo natural em certas profissões, como vemos mais expressivamente nos setores de tecnologia, inovação e gestão e, claro, no marketing. Isso se deve basicamente por dois motivos: ou as práticas surgiram fora do Brasil ou foram criadas já na língua inglesa.

O caso que podemos ilustrar com mais facilidade é o próprio “marketing” que, na tradução livre, seria algo como “mercadologia” ou “estudo de mercado”, que não sofreu tradução aqui no Brasil justamente devido a sua ampla abrangência.

A globalização teve papel importante para o uso de estrangeirismos no ambiente de trabalho, visto que ter uma linguagem única para identificar processos é mais prático e vantajoso para poupar tempo e garantir maior eficiência nos resultados.

Quando falamos de marketing, especificamente, unir a comunicação é a lógica do mercado: muitas vezes agências de publicidade trabalham respondendo diretamente às grandes corporações ou matriz que ficam fora do país ou realizam reuniões de aquisição de cliente com marcas estrangeiras de forma frequente. Por isso, se você quer ir para a área ou já trabalha no setor, aprender inglês é primordial para se destacar no mercado e com certeza vai fazer toda a diferença para acompanhar o dia a dia com mais facilidade!

Aprender inglês para abrir portas no marketing

Ter uma segunda língua também representa uma vantagem para os profissionais na busca por conhecimento – mais de 50% dos sites são escritos em Inglês. Além disso, no dia a dia de um profissional de marketing, mais de 20 expressões estão neste idioma. Ou seja, saber o mínimo é importante, mas para alcançar grandes cargos dentro da profissão necessita que o profissional se empenhe em aprender inglês para liderar equipes e realizar reuniões com clientes estrangeiros.

Quer conferir quais são as expressões mais utilizadas? Selecionamos 20 delas, aprenda mais abaixo!

1- Call

A mais básica, porém a mais falada: call é a famosa chamada via plataformas digitais que permite a reunião entre cliente e agência. Com certeza você escutará muito isso dentro do ambiente corporativo!

2- Brainstorming

Outro clássico, o famoso “brainstorming” é traduzido como tempestade de ideias, e se trata de uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de um indivíduo ou de um grupo para a elaboração de um projeto.

3- Briefing

Quando tiver uma call com um cliente, com certeza virá um briefing! O mais citado dentro de agências é justamente o conjunto de informações passados em uma reunião para que o time elabore uma proposta.

4- Analytics

Analytics é o termo utilizado para os dados obtidos sobre a navegação e o comportamento dos usuários da internet, permitindo observar o padrão e promover formas mais assertivas de marketing digital.

5- B2B ou Business-to-business

Negócio-para-negócio” é a atuação de uma empresa focada em outra empresa de serviços. Normalmente refere-se ao tipo de comunicação utilizada pela marca, ou seja, ela será focada para atender outras empresas.

6- B2C ou Business-to-costumer

Diferente do termo acima, o B2C refere-se a uma transação realizada entre empresa e um consumidor final, seja uma ação de publicidade ou mesmo uma venda direta com esse público.

7- Benchmarking

Pode ser traduzido como “ponto de referência”, mas na prática é um grande apanhado de pesquisas sobre mercado, concorrência e análises para definir estratégias para o novo projeto.

8- Buyer persona

O “personagem da compra” se refere a um personagem semi-ficcional, que transmita os desejos, dores e personalidade do público-alvo da campanha ou do serviço.

9- CTA

Uma CTA é literalmente uma “chamada para ação”. Ou seja, é um botão, link ou pedido feito à audiência, que a direcione para realizar uma nova ação.

10- Case

No ambiente do marketing, utilizam-se os cases (casos, na tradução livre) para demonstrar projetos de sucesso da empresa.

11- Content

O termo é a tradução livre: conteúdo. Podemos falar dele em casos mais específicos, como Content Marketing, que é uma estratégia de marketing baseada na utilização de conteúdo estratégico, por exemplo.

12- CRM

Customer Relationship Management, como o nome diz, é um software utilizado como ferramenta para gerir produtivamente o relacionamento com os clientes.

13- Design Thinking

É uma metodologia que propõe uma forma de pensamento típica da criação dos designers, para propor ações de inovação ou criação de novos produtos. O design thinking está atrelado à análise de processos e proposição de caminhos inovadores para o avanço da empresa.

14- E-book

Assim como os livros digitais, o e-book é um pequeno livro disponibilizado online para aquisição de determinados conhecimentos. É comumente utilizado como um conteúdo para o Inbound Marketing, uma outra estratégia importante no marketing.

15- Inbound Marketing

Essencial para o marketing digital, se trata de uma estratégia utilizada para atrair novos clientes por meio de estratégias como SEO e conteúdo. Ou seja, ao invés da empresa ir em busca dos clientes, essas estratégias são quem os trazem para a empresa.

16- KPI ou Key Performance Indicator

O Indicador Chave de Performance é um tipo de métrica que avalia o sucesso de um funcionário, atividade ou produto. Esse dado chave é interessante para analisar se os objetivos de marketing ou vendas estão sendo alcançados, por exemplo.

17- Landing Page

Seria a “página de destino” e nada mais é do que uma página na web para a captação de dados de usuários que possivelmente se tornarão clientes.

18- Lead

Do inglês “conduzir”, no Marketing o Lead é aquela pessoa ou empresa que demonstrou algum interesse em conteúdos ou ações promovidos pelo marketing, que pode vir a se tornar cliente.

19- QR Code

A abreviação da sigla “Quick response code” é traduzida como “código de resposta rápida”. Trata-se de um código de barras de matriz específica legível por câmeras de celular. Ao ser escaneado, ele transmite informações específicas sobre determinado assunto, podendo conduzir também a um site.

20- ROI ou Return on Investment

O “retorno sobre o investimento” é a métrica utilizada para mensurar a rentabilidade ou a eficiência de um investimento realizado. O resultado será em porcentagem ou proporção, podendo ser negativo ou positivo.

21- Stakeholder

Em português, se trata da “parte interessada” ou da “parte que possui riscos”. Os stakeholders são os acionistas que investem dinheiro em determinada empresa ou serviço, como também pessoas ou grupos que legitimam e influenciam de forma direta ou indireta na gestão e funcionamento de uma empresa.

22- Startup

São as empresas emergentes, em fase de desenvolvimento. Em tradução livre, é a que “está começando”. Em geral, essas empresas são voltadas para o ramo de tecnologia, que possuem a inovação como modelo de negócios.

23- Workflow

É traduzido como “fluxo de trabalho”. Trata-se de um mapa físico, digital ou mental que organiza como será o funcionamento de uma campanha. Nesse espaço estão os conjuntos de ações, veículos ou gatilhos que serão utilizados para alcançar o objetivo da campanha.

Após entender o significado dessas terminologias, você reparou como o uso do inglês no marketing é muito comum? Nada mais justo do que aprender inglês para acompanhar, não é mesmo?

domingo, 10 de julho de 2022

Uma alimentação equilibrada pode evitar o câncer

Nutricionista do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS) explica que manter uma alimentação saudável ajuda a prevenir o câncer.

Você sabia que sua alimentação está diretamente ligada à sua saúde? E que uma alimentação equilibrada pode evitar o câncer? Mas primeiro, Cibelli Ariel Rodrigues Ribeiro, nutricionista especializada em nutrição oncológica do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), explica o que é essa doença. “O câncer pode ser definido como um crescimento anormal e desordenado de células malignas e, embora seja utilizado de forma geral, o termo câncer, na verdade, refere-se a um conjunto de mais de 100 tipos de doenças com essa característica em comum”, diz.

A especialista fala como os alimentos podem ajudar na prevenção da doença. “Por meio da alimentação, nosso corpo recebe nutrientes e compostos protetores para as nossas células sadias. Os antioxidantes são um exemplo desses compostos protetores, eles impedem que as células sejam ‘atacadas’ por moléculas que podem ser tóxicas, intensificar o envelhecimento e causar doenças, como o câncer. Assim, fazer o consumo regular e variado de alimentos realmente nutritivos, é uma das principais formas de prevenção ao câncer”, explica.

A nutricionista cita alguns grupos de alimentos que são importantes ter em seu cardápio. “Uma alimentação equilibrada e variada é e sempre será o melhor caminho para obter saúde e qualidade de vida, mas existem alguns alimentos que merecem destaque por terem propriedades benéficas bem conhecidas, como é o caso dos cereais integrais (milho, arroz, aveia) que são ricos em fibras. Outro grupo importante são os vegetais que chamamos de crucíferos, entre eles temos brócolis, couve e repolho. Frutas vermelhas, roxas e cítricas também possuem propriedades preventivas ao câncer, pois contêm antioxidantes”, fala.

Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS)


Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS)

Ela ainda cita a importância de ter alimentos variados em seu prato. “E uma curiosidade: as cores das frutas, legumes e verduras estão relacionadas ao tipo de composto que ele possui, por isso, manter uma alimentação colorida e bem variada aumenta a oferta de nutrientes protetores ao nosso organismo. Aqui, o destaque foi para o grupo dos vegetais, mas vale reforçar que a manutenção da saúde deve ser feita equilibrando a proporção de todos os grupos alimentares”, elucida.

A nutricionista do IOS fala sobre o que fazer para evitar não apenas o câncer, mas outras doenças também. “Para reduzir as chances de desenvolver o câncer, mas, acima de tudo, ganhar qualidade de vida, é necessário reunir ao longo da vida, o máximo de hábitos que protejam o corpo. Além da alimentação equilibrada, a prática de atividade física é um importante aliado para minimizar danos à saúde. Ter um sono de qualidade, não fumar e não consumir álcool também são práticas benéficas. Isso tudo ajuda no controle de peso e resulta na diminuição das chances de desenvolvimento de vários tipos de câncer, já que o excesso de peso é um fator para o desenvolvimento da doença”, comenta.

Buscar ajuda profissional faz toda diferença e é muito importante para manter uma vida saudável. “O acompanhamento nutricional pode agregar diversos benefícios tanto na prevenção quanto na vigência de doenças, bem como após o término de tratamentos. O nutricionista é o único profissional habilitado para a prescrição de uma dieta ajustada e individualizada, de acordo com as deficiências, preferências, necessidades e objetivos de cada pessoa”, esclarece Cibelli.

Uma das maiores dificuldades para manter uma alimentação balanceada é que as pessoas encaram isso como uma tortura, não tem uma relação leve com os alimentos. “Uma das recomendações mais básicas para manter uma alimentação saudável é: organização! Quando planejamos a rotina alimentar, semanalmente, por exemplo, as chances de desviarmos para opções menos saudáveis e mais práticas é muito menor. Além disso, para que a alimentação saudável se torne um estilo de vida, ela precisa ser prazerosa, mas aplicável no dia a dia”, discorre a especialista do IOS.

A nutricionista lista alimentos que devem ser evitados. “Sem dúvidas, os principais alimentos a serem evitados são os ultras processados, aqueles industrializados que contêm listas de ingredientes enormes e com nomes que mal conseguimos ler e que, normalmente, são aditivos químicos utilizados para conservação e para deixar o sabor do produto mais atrativo, porém, fazem muito mal à nossa saúde. Alguns exemplos são: refrigerantes, temperos prontos, doces em geral, salsicha, bolachas recheadas, entre outros”, finaliza.

Para atendimentos e consultas com especialistas em psicologia, hematologia e oncologia, o IOS (Instituto de Oncologia de Sorocaba) localiza-se na Avenida Comendador Pereira Inácio, n° 950 - Jardim Vergueiro e realiza agendamentos pelo telefone (15) 3334-3434.

sábado, 9 de julho de 2022

Empresa lança saco para lixo zero plástico

Fabricado com matérias-primas renováveis e biodegradáveis, produto pode ser processado em composteira doméstica e industrial, se decompondo em resíduo orgânico para ser utilizado como adubo

Imagem: Divulgação / Embaixo


09/07/2022 -  A Embalixo, líder nacional na categoria de sacos para lixo, traz ao mercado mais uma novidade para tornar o dia a dia mais sustentável e proteger o meio ambiente: o saco para lixo Zero Plástico. Único sem a presença de polietileno ou polipropileno em sua fórmula, é fabricado a partir de materiais renováveis e totalmente compostáveis, como os polímeros (macromoléculas) PLA, PBAT e amido. Como resultado, pode ser processado em composteira doméstica e industrial, onde se decompõe em até 180 dias, se transformando em material orgânico para ser usado como adubo. Também traz o diferencial de não possuir data de validade, podendo ser livremente armazenado.

Para desenvolver o Zero Plástico, a Embalixo realizou uma série de testes e adaptações às normas que certificam que o produto, de fato, oferece o benefício dos materiais compostáveis. Os laudos laboratoriais foram elaborados na Mérieux NutriSciences, e as avaliações corroboram as características biodegradáveis do produto sob as condições favoráveis da compostagem, como temperatura, umidade, presença de resíduos orgânicos e exposição ao calor.

Embora seja compostável, o Zero Plástico pode ser utilizado para qualquer tipo de resíduos. “A vantagem do acondicionamento do lixo orgânico, como restos de comida, casca de alimentos, borra de café, podas de jardinagem, folhas e sementes, por exemplo, é que a própria embalagem também pode ser encaminhada à composteira doméstica ou industrial, facilitando esse manuseio”, destaca Rafael Costa, diretor comercial da Embalixo.

O executivo acrescenta que essa inovação - que se soma a outros produtos inéditos e sustentáveis que a empresa trouxe ao mercado, como o saco para lixo Carbono Zero - faz parte de uma visão corporativa de longo prazo. “Hoje, toda a nossa linha de produtos é reciclável e, em 2021, conseguimos reduzir em 35% a emissão de carbono em nossas operações, com previsão de zerar essa taxa até o final deste ano”, ressalta. “Além de atender à demanda do próprio consumidor por produtos sustentáveis, que hoje representam 40% de nossas vendas, também assumimos nossa responsabilidade socioambiental e socioeconômica, gerando o menor impacto possível ao meio ambiente e fomentando a economia circular”, completa Rafael Costa.

Imagem: Divulgação / Embaixo


Sobre a Embalixo

Líder nacional na categoria de sacos para lixo, a Embalixo soma 17 anos de atuação com duas plantas no Brasil - Hortolândia/SP e Manaus/AM -, contando com mais de 400 colaboradores. A empresa tem a inovação e a sustentabilidade como pilares básicos do negócio, oferecendo soluções exclusivas ao mercado, como o saco para lixo feito de planta - com tecnologia que captura a emissão de gás carbônico; o saco para lixo com alças; com abas; antibacterianos; com repelente de moscas e mosquitos; com neutralizador de odores; sacos com material reciclado; e, recentemente, lançou o 1º saco para lixo vegano do mundo. Saiba no site da embalixo Instagram: @embalixo. LinkedIn: Embalixo.

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Combate ao etarismo: como ir além do modismo?


É bem verdade que pautas ligadas a diversidade estão em alta nos últimos anos. Afinal, reforçar a importância dos direitos de mulheres, pessoas LGBTQIA+, pessoas negras e outros grupos minorizados é um tópico muito necessário.


Nesse movimento por uma sociedade mais diversa, também entra a questão etária, tratando especialmente da população 60+. Isso já tem virado tema de novela, pauta para influenciadores digitais e tema de conversas cotidianas.

Mas como ir além do modismo e de fato promover mudanças na sociedade que garantam os direitos da população idosa em todos os seus espaços?

Primeiro, temos que entender que qualquer problema social tem a “ponta do iceberg”, ou seja, aqueles problemas que são mais visíveis aos olhos das pessoas. Nesse caso, podemos considerar os diversos tipos de violência que um 60+ pode sofrer, seja ela física, psicológica ou financeira. Também entra nesse grupo a exclusão de idosos em espaços sociais, especialmente no mercado de trabalho.

Crédito: Dusan Petkovic/shutterstock



Além desses efeitos mais diretos do etarismo, temos também aqueles que são menos visíveis, mais sutis, porém são deles que pode surgir a violência direta. Por exemplo: a reprodução de estereótipos sobre pessoas com mais idade, as “piadinhas” sobre envelhecimento, os preconceitos que fazem muitos acreditarem que pessoas 60+ são incapazes de assumir funções e responsabilidades.

Então, para combater a discriminação etária, assim como qualquer outro tipo de discriminação contra algum grupo de pessoas, é necessário mitigar essas duas frentes.

Precisamos que pessoas e instituições se comprometam através de regras ou leis a não violentar, discriminar ou excluir pessoas por conta de sua idade. Pelo outro viés, é necessário que a sociedade mude a forma que enxerga pessoas 60+ e passe a tratá-las em pé de igualdade com as de qualquer faixa etária.

Certo, mas como colocamos isso em prática? Ilustrando melhor, temos abaixo uma lista de ações e boas práticas para incluirmos em nosso dia a dia, visando ajudar a acabar de vez com o preconceito etário: 
  1. Denunciando casos de violência ou discriminação contra pessoas 60+;
  2. Criando espaços adaptados a pessoas de todas as idades, facilitando a participação social e a mobilidade delas;
  3. Demandando que as empresas contratem pessoas por suas habilidades e experiências, sem olhar para a idade;
  4. Estimulando a integração geracional, especialmente no mercado de trabalho. Não basta contratar 60+, eles precisam estar bem integrados com toda a equipe;
  5. Evitando ou corrigindo comentários ou piadas que reforcem estereótipos negativos sobre a idade;

É claro que podemos incluir muito mais itens a essa lista para finalmente alcançarmos uma sociedade totalmente inclusiva a pessoas 60+, mas já temos um bom começo.

E você? Teria algo a incluir nessa lista?