segunda-feira, 28 de março de 2022

Muitas famílias estão entre os desbravadores de Cuiabá e Mato Grosso, como os Pires

Antônio Pires de Campos

NEILA BARRETO

NEILA BARRETO

27.03.2022 |  Existem muitas famílias que migraram ou imigraram que estão entre os desbravadores de Cuiabá e de Mato Grosso, como os Pires de Campos, os quais devassaram águas e terras para até aqui se adentrarem.

De família numerosa vinda de São Paulo para Mato Grosso, eram exímios caçadores de índios, com o apelido de sertanistas, integravam o grupo de bandeirantes.

Segundo Paulo Setubal, a árvore genealógica de Pires de Campos tinha a sua raiz em Felipe van der Borg. (ou Wanderburg), um fidalgo belga, duas vezes embaixador do seu país junto ao Rei da Espanha. Após as experiências nas embaixadas, Felipe atravessou a fronteira e fixou-se em Portugal.

Em Portugal casou-se com a lisbonense Antônia de Campos, que nasceu Felipe de Campos Van der Borg. Cadete da família, estudou em Coimbra.

Meteu-se em confusão após assassinar um homem em Portugal e partiu para o Brasil. No Brasil casou-se na matriz de São Paulo, em 09 de agosto de 1643, com Margarida Bicudo, filha do capitão Manoel Pires, e de sua mulher Maria Bicudo. Faleceu em 18 de dezembro de 1681 e Margarida em na cidade de Itu-SP, em 24 de fevereiro de 1709.

Desse casamento nasceu uma ninhada, sendo Filippe de Campos, primeiro vigário de Itu; Estanisláo de Campos, padre mestre; Manoel de Campos Bicudo, casou-se duas vezes, primeira com Luzia Leme de Barros, filha de Antônio Pedroso de Barros e de Maria Pires Monteiro e, tiveram os seguintes filhos: Antonio Pires de Campos, Fillipe de Campos Bicudo e, Pedro Vaz de Campos, batizado na Paraíba a 5 de novembro de 1674, foi tenente coronel de Filippe Campos Bicudo. Casou com Escolástica de Oliveira Paes, filha de Francisco Paes de Oliveira e de Marianna Paes, filha do governador Fernão Dias Paes Lemes.

Tiveram oito filhos: Francisco Xavier de Campos, casou duas vezes, primeira em Itu, com filha de Josepha Leite, irmã do padre Paulo de Anhaya e, a segunda casou em Cuiabá com filha de José de Oliveira Pedroso e de sua mulher Josepha Leite; Manoel de Campos Bicudo casou com Maria Felix de Toledo; Estanisláo de Campos Paes casou com Luiza do Rego; Maximiniano de Oliveira Paes casou em Cuiabá, irmã do padre Paulo de Anhaya; Pedro Vaz de Campos (2) casou com Úrsula Bueno da Câmara; José Paes de Campos casou Anna do Amaral; Bernardo José de Campos, casou com Isabel Bueno; Luiza Leme de Barros casou com Francisco Soares Medella.

Os outros irmãos de Pedro Vaz, Estanisláo de Campos, faleceu solteiro; Manoel de Campos foi clérigo, Margarida de Campos Bicudo e Maria Pires de Campos. Do segundo, com Antônia Paes de Oliveira, não teve geração. Falecido Manoel de Campos em 16 de maio de 1722, em São Paulo, Antônia casou-se com Clemente Carlos de Azevedo Cotrim José de Campos Bicudo, Bernardo de Campos Bicudo, Nuno de Campos Bicudo, Anna de Campos, Maria de Campos Bicudo, D. Antônio de Campos, Isabel de Campos e Margarida Bicudo.

Antônio Pires de Campos casou com Sebastiana Leite da Silva, filha de Salvador Jorge Velho e de Margarida da Silva, pais de Manoel de Campos Bicudo, faleceu solteiro; Antonio Pires de Campos, coronel, faleceu solteiro, ficando herdeiro dos seus feitos, seu irmão Antonio Pires de Campos; e Salvador Jorge Pires, faleceu solteiro e Luiza Leme. Foi casada com Gaspar Leite Cesar de Azevedo, natural de Santos-SP.

Filippe de Campos Bicudo, batizado em 4 de abril de 1673, filho de Manoel e Luzia, casou com Margarida da Silva, filha de Salvador Jorge Velho e teve os filhos Francisco Xavier de Campos, faleceu solteiro; Ignácio Jorge de Campos, idem e Maria de Campos casou Francisco Xavier Paes, filho de João Gago Paes, pais de João Gago Paes de Campos, seu primo.

Com este texto respondo sobre a família Pires de Campos, em uma pequena introdução. Ainda há dados a pesquisar. A família e os descendentes vão além desta pequena introdução. O leitor poderá aprofundar na história da genealogia em Nobiliarquia Paulistana, História e Genealógica, de autoria de Pedro Taques de Almeida Paes Leme.

Neila barreto é jornalista, mestre em História e membro da AML.

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